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ANOS 50
A Época da
Feminilidade
Com o fim da guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 tornou-se mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confecionar um vestido, bem amplo e pela altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias. A silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e manteve-se como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação. Foi Christian Dior quem liderou, até a sua morte em 1957, a agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação.
Dois estilos de beleza feminina que marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques,
encarnado por :
Grace Kelly
Audrey Hepburn, que
se caraterizavam pela naturalidade e jovialidade, e o estilo sensual e fatal,
como o das atrizes:
Rita Hayworth
Ava Gardner
Pin-ups americanas, loiras e com seios grandes.
Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram:
Marilyn Monroe
Brigitte Bardot, que eram uma
mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e
sensualidade.
Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu.
Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol:
Christóbal Balenciaga considerado o grande
mestre da alta-costura.
Hubert de Givenchy
Pierre Balmain
Chanel
Madame
Grès
Nina Ricci
Cristian Dior
transformaram essa época na mais
glamourosa e sofisticada de todas.
A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com a criação de um grupo chamado "Costureiros Associados", do qual faziam parte famosas maisons, como de:
Jacques Fath, Jeanne Paquin
Robert Piguet e Jean Dessès.
Este grupo uniu-se,a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete
modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas lojas
selecionadas.
Assim, em 1955, a moda "Jean Dessès-Diffusion" começou a fabricar tecidos em
série para determinadas lojas da França e da África do Norte.
O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier.
Ele criou o
salto-agulha, em 1954.
Em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do
bico chato e quadrado, entre muitos outros. Vivier trabalhou com Dior e criou
vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época.
Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a a tiracolo em matelassê escarpin bege com ponta escura. Pela primeira vez, as pessoas comuns puderam ter acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do momento. Em 1955, as revistas Elle e Vogue dedicaram várias páginas de sua publicação às coleções de prêt-à-porter,o que indicava que algo se estava a transformar no mundo da moda. Uma preocupação dos estilistas era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava a revolucionar, a estratégia econômica das marcas. Assim, alguns itens se tornaram símbolos do que havia de mais chique.
como o lenço de seda Hermès, que
Audrey Hepburn usava.
Perfume Chanel Nº 5, preferido de Marilyn Monroe.
batom Coronation Pink, lançado por Helena
Rubinstein para a coroação da rainha da Inglaterra.
Dentro do grande número de perfumes lançados nos anos 50,
muitos constituem ainda hoje os principais produtos em que se apóiam algumas
maisons, cuja sobrevivência muitas vezes é assegurada por eles.
Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude
norte-americana criava sua própria moda.
Assim, apareceu a moda colegial, que
teve origem no sportswear. As raparigas usavam, além das saias rodadas, calças
cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, pulôver (suéter) e jeans.
O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por:
James Dean
no filme "Juventude
Transviada" (1955), usava blusão de couro e jeans.
Marlon Brando também
sugeria um visual displicente no filme
"Um Bonde Chamado Desejo" (1951),
transformando a T-shirt num símbolo da juventude.
Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar:
estilo eduardiano, mas com um componente mais
agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um
topete enrolado.
Eram os "teddy-boys".
No final dos anos 50, a confecção apresentava-se como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a
fazer parte da vida cotidiana. Entao começou-se a formar um mercado
com grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos
anos 60.
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