HAUTE-COUTURE!

A Alta-Costura (Haute-Couture) é feita para sonhar!

É um mundo exclusivo para poucos privilegiados.

 Para se ter uma idéia, em 1946 existiam 106 Maisons de Haute-Couture.

 Na próxima temporadas  começam em Julho,  em que onze casas se apresentaram (as mais famosas são:

 Christian Dior;

Giorgio Armani;

Chanel;

Givenchy,

 Jean Paul Gaultier;

 Valentino.

Alta-Costura (ou Haute-Couture, no original) é uma marca registada, que pode ser usada somente por estilistas que integram o Chambre Syndicale de la Haute Couture, criado em 1968, presidido por 


     Didier Grumbach.

O termo “Alta-Costura” é protegido legalmente. Quem o utiliza de forma incorrecta pode sofrer um processo.

Para integrar este restrito universo, o criador necessita ser “indicado” por estilistas que já integram o grupo, ter um atelier em Paris, onde irá produzir inteiramente sua coleção, respeitando todas as regras impostas pelo Sindicato (como um número mínimo de funcionários e de criações a cada desfile) e esperar um período de cinco anos para ter seu nome oficializado como “criador de Alta-Costura”. Além disso, cada casa de criação é avaliada anualmente pelo Presidente de Honra do Chambre Syndicale, Jacques Mouclier. E quem não estiver de acordo, é ‘convidada/o’ a sair.

A maioria das marcas  de Alta-Costura é francesa, mas estrangeiros também participam.

Valentino foi a primeira marca, não francesa, a integrar o fechadíssimo clube, em 1989, trazendo sua elegante e clássica coleção de vestidos italianos para as passarelas de Paris.

  GiorgioArmani (também italiano) 

Elie Saab (libanês) 

Os franceses Chanel e Dior tiveram 



‘estrangeiros’ como directores criativos, como alemão Karl Lagerfeld na

 Chanel, desde 1983 e o inglês John Galliano da Christian Dior, onde ficou por 14 anos, sendo despedido depois do grande escândalo de  acusações de racismo e de ser antissemista em Fevereiro de 2011. 

Em Janeiro de 2011, Gustavo Lins foi o primeiro brasileiro a integrar este exclusivo universo.


Ao seu lado, Christophe Josse, Franck Sorbier


 Maurizio Galante e Stéphane Rolland.

Pensar em Haute-Couture é falar para um universo paralelo.

 Peças de Alta-Costura são produzidas em dois ou três únicos modelos. São obras de arte, confeccionadas à mão nas Maison. Os vestidos são frágeis e delicados, feitos por uma única pessoa  extremamente qualificada para isto, que gasta em média de 170 a 175 horas. São profissionais meticulosos, com muita paciência, pois sabem que, no caso, de não ficarem perfeitos, os modelos são desmanchados e refeitos.
Estes profissionais precisam ser “apaixonados” pelo que faz, pois, segundo a chefe de costureiras de Chanel: “nesta profissão, quem não for apaixonado pelo o que faz, não realiza coisas belas”

           

Sabendo desta exclusividade, as milionárias compram peças, usam por um curto período e doam para Museus, que costumam organizar anualmente exposições temáticas.